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Cientistas descobrem a origem da gagueira no cérebro; entenda

A gagueira, caracterizada pela fala repetida ou arrastada na cadência das palavras, é um distúrbio neurobiológico presente em pelo menos 1% da população adulta. Um novo estudo multidisciplinar publicado na revista científica Brain mostrou a partir de qual local do cérebro o distúrbio se origina.

Inicialmente relacionada a causas de origem psicológica, agora se sabe que os dois diferentes tipos de gagueira, a do desenvolvimento (que surge ainda na infância) e a adquirida (associada a problemas neurológicos ou acidente vascular), são condições neurológicas que afetam a fala.

“Embora a maioria das pesquisas trate esses diferentes tipos de gagueira como condições separadas, este estudo adota uma abordagem única, combinando conjuntos de dados para ver se pudermos identificar um link comum”, explica coautora e professora associada na Universidade de Canterbury (UC), em comunicado.

Neste contexto, a equipe, que também contou com pesquisadores da Universidade de Turku, na Finlândia, da Universidade de Toronto, no Canadá, da Universidade de Boston, e do Brigham and Women’s Hospital da Harvard Medical School, nos EUA, analisaram um conjunto de dados para compreender se existem conexões entre ambos os tipos de gagueira.

Desta maneira, foi descoberto que a origem em comum está em uma parte específica do putâmen esquerdo, parte do telencéfalo. Assim como o claustro, fina camada de substância cinzenta, no telencéfalo, e a área de transição amigdaloestriatal foram considerados “duas áreas adicionais de interesse”.

“[As duas últimas citadas] São áreas minúsculas do cérebro — com apenas alguns milímetros de largura — e é por isso que normalmente podem não ter sido identificadas em estudos anteriores”, afirma Theys.

De acordo com a especialista, os achados são uma ótima notícia para a pesquisa sobre o distúrbio, pois a partir disso novas opções de tratamento mais eficazes poderão ser desenvolvidas.

“As pessoas sempre olharam para a gagueira adquirida e de desenvolvimento como duas coisas distintas, mas conseguimos mostrar que, além das semelhanças no nível comportamental, também existem semelhanças no nível neural”, diz Catherine Theys, coautora e professora associada na Universidade de Canterbury (UC).

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Fonte:  O Globo

Pesquisa sugere que estado de flow protege o cérebro e o coração

Um novo estudo apresentado na Translational Psychiatry mostra que o estado de flow (também conhecido como estado de fluxo, aquela condição em que a pessoa fica submersa em uma concentração inabalável) pode ajudar a proteger não apenas o cérebro, mas também o coração: a tendência é que pessoas mais suscetíveis a esse estado sejam menos propensas a condições cardiovasculares.

O estado de flow é definido como o ápice da atividade cerebral. Por enquanto, fica o alerta de que as pesquisas científicas ainda não conseguem chegar a uma conclusão concreta sobre os efeitos que  o fluxo possa causar na saúde física ou mental.

No entanto, a nova pesquisa analisou os diagnósticos de 9.300 pessoas na Suécia para entender se um traço específico chamado neuroticismo — uma tendência de ser emocionalmente desequilibrado e facilmente irritado — influencia as associações observadas entre fluxo e saúde mental, e se existe algum papel exercido pelo histórico familiar e pela genética

Descoberta: as pessoas mais propensas a experimentar o estado de flow tinham um risco menor de certos diagnósticos, incluindo:

  • Depressão
  • Ansiedade
  • Esquizofrenia
  • Transtorno bipolar
  • Distúrbios relacionados ao estresse
  • Doenças cardiovasculares

Mas quando os pesquisadores fizeram uma relação com esse traço do neuroticismo e os fatores familiares, notaram que as experiências de fluxo permaneceram associadas apenas à depressão maior e à ansiedade. Além disso, essas associações diminuíram.

De qualquer forma, a conclusão dos cientistas é que o estado de flow pode ter algum efeito protetor, principalmente no que diz respeito à saúde mental.

Estado de flow e saúde mental

No entanto, os próprios autores têm a ressalva de que essa relação é mais complexa do que se pensava.

O material traz a teoria de que o estado de fluxo também pode não causar diretamente um risco menor para estas condições, mas que fatores como os genes devem ser levados em consideração.

Ou seja: as próximas devem nos ajudar a entender melhor os efeitos do estado de flow. Mas um dos motivos para essa relação pode ser que o ser humano tende a gastar menos tempo com reflexões e preocupações, o que ajuda a ter um sutil vislumbre da relação com a ansiedade.

“Os resultados estão alinhados com um papel protetor causal das experiências do estado de flow na depressão e potencialmente na ansiedade”, diz o estudo, mas relembra que “o neuroticismo e os fatores familiares são fatores de confusão notáveis ​​nas associações observadas entre a propensão ao fluxo e os resultados de saúde”.

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Fonte: Translational Psychiatry

De maneira silenciosa, dengue também afeta o cérebro: veja como


O Brasil ultrapassou os 4,2 milhões de casos de dengue previstos pelo Ministério da Saúde para todo o ano de 2024. Esse número configura o maior surto de dengue no país nos últimos 24 anos. Em comparação, o Brasil registrou 1.658.816 casos da doença em 2023. No total, nove estados e o Distrito Federal decretaram situação de emergência. Entre esses estados está Santa Catarina, que possui mais de 210 mil casos prováveis desde o início do ano.

Os sintomas mais comuns da dengue são febre alta, manchas vermelhas no corpo, dor nas articulações e atrás dos olhos. Em casos mais graves, podem ocorrer lesões no fígado e hemorragias e hemorragia cerebral. A dengue também pode provocar riscos neurológicos nos infectados.

De acordo com pesquisa publicada pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), entre 1% e 5% dos pacientes contaminados podem desenvolver doenças neurológicas, como Encefalite, Mielite, Neuropatia, Meningite e Guillain-Barré. O estudo foi publicado na revista Neurology, como um dos destaques da edição.

Doenças neurológicas que chegam com a dengue

A neurocirurgiã Danielle de Lara, que atua no Hospital Santa Isabel (Blumenau-SC), explica como essas doenças neurológicas afetam os pacientes infectados pela dengue.

“A Encefalite é uma infecção no sistema nervoso central que provoca inflamação do cérebro. Já a Mielite é uma inflamação focal que, em geral, atravessa os dois lados da medula espinhal, uma das estruturas que compõem o sistema nervoso central. É preciso ficar atento também à Neuropatia, que afeta os nervos periféricos do corpo e causa danos em áreas como mãos, pés, pernas e braços, causando perda de sensibilidade e atrofia muscular nesses locais. Outras doenças, como a Meningite, inflamação das meninges, e a Guillain-Barré, que é o ataque do próprio sistema imunológico do corpo ao sistema nervoso, também podem ocorrer em pessoas infectadas pela dengue”, revela.

Essas patologias neurológicas apresentam maior risco aos pacientes contaminados pelos sorotipos 2 e 3.

“Vale ressaltar que existem os sorotipos de dengue 1, 2, 3 e 4. Os problemas que afetam o sistema nervoso aparecem, principalmente, nos casos de reinfecção da dengue. Além disso, essas doenças também podem se manifestar em pessoas que já foram contaminadas pela Zika, Chikungunya e Febre Amarela”, conta a neurocirurgiã.

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O que faz o cérebro envelhecer mais rápido? Novo estudo indica fatores de risco

Um novo estudo, publicado nesta quarta-feira (27), mostrou quais são os fatores de risco genéticos e modificáveis que podem influenciar para o envelhecimento precoce do cérebro e, consequentemente, aumentar o risco para doenças neurodegenerativas, como o Alzheimer.

Publicado na revista científica Nature Commucations, o estudo analisou exames cerebrais de 40 mil participantes do Biobank, um banco de dados do Reino Unido, que tinham mais de 45 anos. Os pesquisadores também analisaram 161 fatores de risco para a demênciae classificaram o seu impacto em uma área do cérebro mais suscetível para o envelhecimento precoce.

Em seguida, classificaram esses fatores modificáveis — ou seja, que podem ser alterados ao longo da vida — em 15 categorias:

“Sabemos que uma constelação de regiões do cérebro degenera mais cedo no envelhecimento e, neste novo estudo, mostramos que essas partes específicas do cérebro são mais vulneráveis ​​ao diabetes, às doenças relacionadas à poluição atmosférica — cada vez mais um fator importante para a demência — e o álcool, de todos os fatores de risco comuns para a demência”, afirma Gwenaëlle Douaud, que liderou o estudo, em comunicado à imprensa.

De acordo com a pesquisadora, diversas alterações genéticas também influenciam nesta rede cerebral e estão relacionadas a mortes cardiovasculares, esquizofrenia, doenças de Alzheimer e Parkinson. Além disso, o estudo descobriu que dois antígenos de um grupo sanguíneo pouco conhecido, chamado antígeno XG, também é um fator de risco. “Essa foi uma descoberta totalmente nova e inesperada”, comentou.

|Lloyd Elliott, coautor do estudo e professor da Universidade Simon Fraser, no Canadá, concorda: “Na verdade, duas das nossas sete descobertas genéticas estão localizadas nesta região específica que contém os genes do grupo sanguíneo XG, e essa região é altamente atípica porque é compartilhada pelos cromossomos sexuais X e Y. Isto é realmente bastante intrigante, pois não sabemos muito sobre estas partes do genoma; nosso trabalho mostra que há benefícios em explorar mais profundamente esta terra incógnita genética.”

Para os autores, o atual estudo esclarece alguns dos fatores de risco mais críticos para a demência e fornece novas informações que podem contribuir para a prevenção de doenças neurodegenerativas e estratégias futuras para intervenções específicas.

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‘Runner’s high’: o que acontece no cérebro depois de uma corrida que gera a sensação de euforia?

‘Runner’s high’: o que acontece no cérebro depois de uma corrida.
A corrida é uma das atividades físicas mais praticadas, afinal, basta um tênis e disposição para praticá-la. E, além de ser uma das que promove a maior queima de calorias, importante para aqueles que buscam tratar ou prevenir a obesidade, ela também é conhecida por oferecer uma sensação única de bem-estar, que ganha popularmente o nome de “runner’s high”, que, em português, seria algo como “o barato do corredor”.

Por muito tempo, essa euforia era creditada às endorfinas, os analgésicos opioides naturais produzidos por nossos corpos. No entanto, a sensação durante o exercício aeróbico tem sido associada a outras moléculas: os endocanabinoides. São substâncias produzidas pelo próprio organismo que se liga a receptores do sistema endocanabinoide, o mesmo onde atua os compostos da planta Cannabis.

Num dos estudos mais recente sobre o tema, pesquisadores bloquearam a capacidade dos corpos de corredores de responder às endorfinas. Ainda assim, eles relataram sentir a “runner’s high”, o que apontou que os neurotransmissores não estavam por trás do efeito. Em vez disso, sugeriu o estudo, é provável que um conjunto diferente de bioquímicos, os endocanabinoides, seja o responsável.

O que é a runner’s high?

Em pesquisas e estudos com corredores de longa distância experientes, a maioria relata que, pelo menos algumas vezes, desenvolve um estado de euforia suave. Em geral, a experiência da “runner’s high” é caracterizada por uma felicidade com os membros soltos e uma eliminação da ansiedade e do mal-estar após meia hora ou mais de corrida.

Na década de 1980, os cientistas de exercícios físicos começaram a atribuir essa sensação às endorfinas, depois de perceberem que os níveis sanguíneos dos analgésicos naturais aumentavam na corrente sanguínea das pessoas quando elas corriam.

Mais recentemente, porém, outros cientistas ficaram céticos. As endorfinas não conseguem atravessar a barreira hematoencefálica, que reveste o cérebro, devido à sua estrutura molecular. Portanto, mesmo que o sangue dos corredores contenha endorfinas extras, elas não chegarão ao cérebro e alterarão os estados mentais. Também é improvável que o próprio cérebro produza mais endorfinas durante o exercício, de acordo com estudos em animais.

Já os endocanabinoides são um bioquímico mais provável, acreditam esses cientistas. De estrutura química semelhante à dos compostos da maconha, os canabinoides produzidos por nossos próprios corpos aumentam em número durante atividades agradáveis, como orgasmos, e também quando corremos, segundo estudos. Eles também podem atravessar a barreira hematoencefálica, o que os torna candidatos viáveis para causar a “runner’s high”.

Alguns experimentos anteriores reforçaram essa possibilidade. Em um estudo de 2012, os pesquisadores colocaram cães, pessoas e furões a correr em esteiras, enquanto mediam seus níveis sanguíneos de endocanabinoides.

Os cães e os seres humanos são corredores, ou seja, possuem ossos e músculos bem adaptados à corrida de longa distância. Os furões não são; eles se esgueiram e correm, mas raramente percorrem quilômetros longos, e não produziram canabinoides extras durante a corrida na esteira. No entanto, os cães e as pessoas produziram, o que indica que eles provavelmente estavam sentindo uma “runner’s high” e que isso poderia ser atribuído aos canabinoides internos.

No entanto, esse estudo não descartou o papel das endorfinas, como percebeu Johannes Fuss, diretor do Laboratório de Comportamento Humano do Centro Médico Universitário Hamburg-Eppendorf, na Alemanha. Ele e seus colegas há muito tempo se interessam em saber como várias atividades afetam o funcionamento interno do cérebro e, depois de ler o estudo do furão e outros, acharam que poderiam examinar mais de perto a “runner’s high”.

Eles começaram com camundongos, que são corredores ávidos. Em um estudo de 2015, eles bloquearam quimicamente a absorção de endorfinas no cérebro dos animais e os deixaram correr, e depois fizeram o mesmo com a absorção de endocanabinoides. Quando o sistema endocanabinoide foi desligado, os animais terminaram a corrida tão ansiosos e nervosos quanto estavam no início, o que sugere que não sentiram a euforia.

Mas, quando as endorfinas foram bloqueadas, o comportamento deles após a corrida foi mais calmo, relativamente mais feliz. Eles pareciam ter desenvolvido aquele zumbido familiar e leve, embora seus sistemas de endorfina tivessem sido inativados. No entanto, os camundongos não são pessoas.

Por isso, para o o estudo mais recente, publicado em 2021 na revista científica Psychoneuroendocrinology, Fuss e seus colegas se propuseram a replicar o experimento, na medida do possível, em seres humanos. Recrutando 63 corredores experientes, homens e mulheres, e os convidaram para o laboratório.

Lá, testaram seu condicionamento físico e estados emocionais atuais, coletaram sangue e designaram aleatoriamente metade para receber naloxona, uma droga que bloqueia a absorção de opioides, e o restante, um placebo. A droga que eles usaram para bloquear os endocanabinoides no trabalho com camundongos não é legal para o uso em pessoas, por isso essa segunda parte do experimento não pôde ser replicada, apenas a relacionada ao bloqueio das endorfinas.

Em seguida, os voluntários correram por 45 minutos e, em um dia diferente, caminharam pelo mesmo período de tempo. Após cada sessão, os cientistas coletaram sangue e repetiram os testes psicológicos. Eles também perguntaram aos voluntários se eles achavam que tinham experimentado a famosa “runner’s high”.

A maioria disse que sim, que se sentiu bem durante a corrida, mas não durante a caminhada. De forma mais significativa, também não houve diferenças entre os grupos da naloxona e do placebo. E todos também apresentaram aumentos nos níveis sanguíneos de endocanabinoides após a corrida e mudanças equivalentes em seus estados emocionais. A euforia após a corrida foi maior, e a ansiedade menor, mesmo entre aqueles cujo sistema de endorfina tinha sido inativado.

Em seu conjunto, essas descobertas são um golpe para a imagem das endorfinas. — Em combinação com nossa pesquisa em camundongos, esses novos dados descartam uma função importante para as endorfinas na runner’s high — disse Fuss.

Por que o corpo humano produz a runner’s high?

 

O estudo não explica, entretanto, por que existe a euforia do corredor em primeiro lugar. Os voluntários não sentiram o mesmo ao caminhar, por exemplo. Fuss suspeita que a resposta esteja em nosso passado evolutivo.

— Quando as savanas abertas se estenderam e as florestas se retiraram, tornou-se necessário que os seres humanos caçassem animais selvagens correndo por longas distâncias. Nessas circunstâncias, é benéfico ficar eufórico durante a corrida — diz.

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Fonte: O Globo

O que faz o cérebro envelhecer mais rápido? Novo estudo indica fatores de risco

Um novo estudo, publicado nesta quarta-feira (27), mostrou quais são os fatores de risco genéticos e modificáveis que podem influenciar para o envelhecimento precoce do cérebro e, consequentemente, aumentar o risco para doenças neurodegenerativas, como o Alzheimer.

Publicado na revista científica Nature Commucations, o estudo analisou exames cerebrais de 40 mil participantes do Biobank, um banco de dados do Reino Unido, que tinham mais de 45 anos. Os pesquisadores também analisaram 161 fatores de risco para a demência e classificaram o seu impacto em uma área do cérebro mais suscetível para o envelhecimento precoce.

Em seguida, classificaram esses fatores modificáveis — ou seja, que podem ser alterados ao longo da vida — em 15 categorias:

“Sabemos que uma constelação de regiões do cérebro degenera mais cedo no envelhecimento e, neste novo estudo, mostramos que essas partes específicas do cérebro são mais vulneráveis ​​ao diabetes, às doenças relacionadas à poluição atmosférica — cada vez mais um fator importante para a demência — e o álcool, de todos os fatores de risco comuns para a demência”, afirma Gwenaëlle Douaud, que liderou o estudo, em comunicado à imprensa.

De acordo com a pesquisadora, diversas alterações genéticas também influenciam nesta rede cerebral e estão relacionadas a mortes cardiovasculares, esquizofrenia, doenças de Alzheimer e Parkinson. Além disso, o estudo descobriu que dois antígenos de um grupo sanguíneo pouco conhecido, chamado antígeno XG, também é um fator de risco. “Essa foi uma descoberta totalmente nova e inesperada”, comentou.

Lloyd Elliott, coautor do estudo e professor da Universidade Simon Fraser, no Canadá, concorda: “Na verdade, duas das nossas sete descobertas genéticas estão localizadas nesta região específica que contém os genes do grupo sanguíneo XG, e essa região é altamente atípica porque é compartilhada pelos cromossomos sexuais X e Y. Isto é realmente bastante intrigante, pois não sabemos muito sobre estas partes do genoma; nosso trabalho mostra que há benefícios em explorar mais profundamente esta terra incógnita genética.”

Para os autores, o atual estudo esclarece alguns dos fatores de risco mais críticos para a demência e fornece novas informações que podem contribuir para a prevenção de doenças neurodegenerativas e estratégias futuras para intervenções específicas.

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Fonte: CNN

Ler por prazer na 1ª infância ajuda desenvolvimento cognitivo e a saúde mental


A primeira infância é um período crítico para o desenvolvimento cerebral do ser humano. Nesse momento, uma vida saudável pode impulsionar a cognição e o bem-estar durante outros períodos da vida, como a adolescência e a vida adulta. Também pode proporcionar resiliência em momentos de estresse.

Agora, um estudo publicado na revista Psychological Medicine constatou que crianças que lêem por prazer no início da infância tendem a ter melhor saúde mental e desempenho cognitivo durante a adolescência.

Pesquisadores do Reino Unido e da China analisaram dados do projeto de Desenvolvimento Cognitivo e Cerebral do Adolescente (ABCD). Este é um programa de pesquisa dos EUA com mais de 10 mil participantes de diferentes etnias e status socioeconômicos.

Entre os jovens analisados, aproximadamente metade começou a ler cedo na infância. Por outro lado, a outra metade não tinha o hábito ou começou com ele mais tarde na vida.

Além dos hábitos de leitura, os pesquisadores também analisaram entrevistas clínicas, testes cognitivos, avaliações mentais e comportamentais e varreduras cerebrais.

O objetivo era comparar os resultados daqueles que começaram a ler por prazer entre 2 e 9 anos com aqueles que começaram a ler mais tarde – ou que ainda não tinham esse hábito.

Como resultado, o estudo descobriu que a leitura por prazer na primeira infância estava relacionada a melhores pontuações em avaliações de cognição.

As crianças que leem por prazer também tinham áreas de superfície cortical maiores em várias regiões do cérebro, incluindo as áreas frontais – e elas estão relacionadas à cognição e saúde mental.

O quadro também tinha ligação com melhores comportamentos na adolescência. As crianças que começaram a ler cedo se desenvolveram com mais atenção na escola, menos agressividade e quebra de regras.

A leitura por prazer na infância também estava associada a menos problemas de saúde mental, como depressão e estresse. Outro ponto importante é que essas crianças também gastavam além de menos tempo gasto em dispositivos eletrônicos.

A leitura impulsionando a cognição

Já se sabe que a aprendizagem de linguagem é um fator essencial no desenvolvimento saudável do cérebro. A leitura e a discussão de livros faz parte desse processo.

Além disso, a leitura também é um bloco de construção para o sistema cognitivo. É importante para funções como a memória, o planejamento e o autocontrole, além da inteligência social.

Dessa forma, incentivar a leitura em crianças pequenas poderia, por exemplo, ajudar a neutralizar alguns dos efeitos negativos do desenvolvimento cognitivo delas durante os bloqueios da pandemia de Covid-19.

Em geral, as descobertas também têm importantes implicações para pais, educadores e formuladores de políticas públicas na promoção da leitura por prazer em crianças pequenas.

Posteriormente, no futuro, os pesquisadores pretendem realizar investigações com dados de outros países,  incluindo aqueles em desenvolvimento.

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Fonte: Gizmodo

Alzheimer: cientistas descobrem novo sinal que pode indicar a doença anos antes do declínio cognitivo

Pessoas em risco de doença de Alzheimer têm a navegação espacial prejudicada antes de demonstrar problemas com outras funções cognitivas, incluindo a memória, revela um novo estudo liderado por pesquisadores da University College London. A pesquisa, publicada na Alzheimer’s & Dementia, utilizou a realidade virtual para testar a navegação espacial de 100 adultos assintomáticos de meia-idade, com idades entre 43 e 66 anos. Os participantes tinham um risco hereditário ou fisiológico de doença de Alzheimer, devido à presença de um gene, histórico familiar ou fatores de risco de estilo de vida.

Eles foram solicitados a se movimentar em um ambiente usavam óculos de realidade virtual.

Os pesquisadores descobriram que as pessoas com maior risco de desenvolver a doença de Alzheimer, independentemente do fator de risco,já tinham dificuldade na tarefa, sem que houvesse alterações em testes cognitivos.

Os autores do estudo dizem que a descoberta indica que as deficiências na navegação espacial podem começar a desenvolver-se anos, ou mesmo décadas, antes do aparecimento de quaisquer outros sintomas.

“Nossos resultados indicaram que este tipo de mudança de comportamento de navegação pode representar o primeiro sinal de diagnóstico na doença de Alzheimer”, afirma a neurocientista Coco Newton, do Instituto de Neurociência Cognitiva da UCL.

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Fonte: O Globo

Onde o cérebro guarda cada tipo de memória?

O sistema cerebral para armazenar memórias baseia-se, em parte, na utilidade que uma experiência pode ter como guia para eventos futurosA memória não representa um único mistério científico: representa muitos deles. Neurocientistas e psicólogos descobriram que vários tipos de memória coexistem em nosso cérebro: memórias episódicas de experiências passadas, memórias semânticas de fatos, memórias de curto e longo prazo e muito mais. Essas memórias muitas vezes têm características diferentes e até parecem se localizar em partes diferentes do cérebro. Mas nunca ficou claro qual característica de uma memória determina como ou por que ela é classificada de certa maneira.

Agora, uma nova teoria apoiada por experiências que utilizam redes neurais artificiais propõe que o cérebro talvez ordene memórias avaliando a probabilidade de serem úteis como guias no futuro. O estudo sugere, em particular, que muitas memórias de coisas previsíveis, desde fatos a experiências recorrentes e úteis – como o que comemos no café da manhã ou o caminho para o trabalho – são guardadas no neocórtex, onde podem contribuir para generalizações sobre o mundo.

Memórias com menor probabilidade de serem úteis – como o sabor da bebida especial que você tomou naquela festa – são guardadas no banco de memória em forma de cavalo-marinho chamado hipocampo. Separar ativamente as memórias dessa forma, com base na sua utilidade e generalização, pode otimizar a confiabilidade das memórias para nos ajudar a enfrentar situações novas.

Os autores da nova teoria – os neurocientistas Weinan Sun e James Fitzgerald, do Janelia Research Campus do Howard Hughes Medical Institute, Andrew Saxe, da University College London, e seus colegas – a descreveram em artigo recente na Nature Neuroscience. Ela atualiza e expande a ideia bem estabelecida de que o cérebro tem dois sistemas de aprendizagem interligados e complementares: o hipocampo, que codifica rapidamente novas informações, e o neocórtex, que gradualmente as integra para armazenamento a longo prazo.

James McClelland, neurocientista cognitivo da Universidade de Stanford que foi pioneiro na ideia de sistemas de aprendizagem complementares na memória, mas não fez parte do novo estudo, observou que este “aborda aspectos da generalização” que seu grupo não havia pensado quando propôs a teoria em meados dos anos 1990.

Três dos co-autores do novo estudo – (a partir da esquerda) os neurocientistas Nelson Spruston, Weinan Sun e James Fitzgerald – no Janelia Research Campus.
Três dos co-autores do novo estudo – (a partir da esquerda) os neurocientistas Nelson Spruston, Weinan Sun e James Fitzgerald – no Janelia Research Campus. Foto: Megan Zipperer/HHMI Janelia Research Campus

Os cientistas sabem que a formação da memória é um processo de vários estágios pelo menos desde o início da década de 1950, em parte graças a estudos sobre o paciente Henry Molaison – por décadas conhecido na literatura científica apenas como H.M. Como ele sofria de convulsões incontroláveis originadas no hipocampo, os cirurgiões o trataram removendo a maior parte dessa estrutura cerebral.

Depois disso, o paciente parecia bastante normal em muitos aspectos: seu vocabulário estava intacto; ele tinha memórias de infância e se lembrava de outros detalhes de sua vida antes da cirurgia. Mas sempre se esquecia da enfermeira que cuidava dele. Durante a década em que cuidou dele, ela teve de se apresentar novamente toda manhã. Ele havia perdido completamente a capacidade de criar novas memórias de longo prazo.

Os sintomas de Molaison ajudaram os cientistas a descobrir que novas memórias se formavam primeiro no hipocampo e depois eram gradualmente transferidas para o neocórtex. Por um tempo, presumiu-se que isso acontecia com todas as memórias persistentes. No entanto, quando os pesquisadores começaram a ver um número crescente de exemplos de memórias que continuavam dependentes do hipocampo a longo prazo, ficou claro que tinha mais alguma coisa acontecendo.

Para compreender a razão por trás dessa anomalia, os autores do novo artigo recorreram às redes neurais artificiais, uma vez que a função de milhões de neurônios entrelaçados no cérebro é incompreensivelmente complicada. Essas redes são “uma idealização aproximada dos neurônios biológicos”, mas são muito mais simples do que as redes reais, disse Saxe.

Assim como os neurônios vivos, elas têm camadas de nós que recebem dados, os processam e depois fornecem saídas ponderadas para outras camadas da rede. Assim como os neurônios influenciam uns aos outros através de suas sinapses, os nós das redes neurais artificiais ajustam seus níveis de atividade com base nas entradas de outros nós.

A equipe conectou três redes neurais com funções diferentes para desenvolver uma estrutura computacional que chamaram de modelo professor-caderno-aluno. A rede professor representava o ambiente em que um organismo poderia se encontrar e fornecia informações sobre experiência. A rede caderno representava o hipocampo, codificando rapidamente todos os detalhes de cada experiência proporcionada pelo professor.

A rede aluno treinava com os padrões do professor, consultando o que estava registrado no caderno. “O objetivo do modelo é encontrar neurônios – nós – e aprender conexões [descrevendo] como elas poderiam regenerar seu padrão de atividade”, disse Fitzgerald.

As repetições de memórias da rede caderno treinaram a rede aluno em um padrão geral por meio da correção de erros. Mas os pesquisadores também notaram uma exceção à regra: se a rede aluno fosse treinada com muitas memórias imprevisíveis – sinais ruidosos que se desviavam muito do resto – isso degradava a capacidade de a rede aluno aprender o padrão generalizado.

Do ponto de vista lógico, “faz muito sentido”, disse Sun. Imagine receber pacotes em casa, explicou ele: se o pacote contém algo útil para o futuro, “como canecas e pratos”, parece razoável trazê-lo para dentro e guardá-lo permanentemente. Mas, se a embalagem contém uma fantasia de Homem-Aranha para o Halloween ou um folheto de promoção, não há necessidade de bagunçar a casa com ela. Esses itens podem ser armazenados em um lugar diferente ou jogados fora.

O estudo fornece uma convergência interessante entre os sistemas utilizados na inteligência artificial e aqueles empregados na modelagem do cérebro. É um exemplo em que “a teoria desses sistemas artificiais deu algumas novas ideias conceituais para pensar sobre as memórias no cérebro”, disse Saxe.

Existem paralelos, por exemplo, com o funcionamento dos sistemas computadorizados de reconhecimento facial. Eles podem começar solicitando que os usuários carreguem imagens de alta definição de si mesmos de diferentes ângulos. As conexões dentro da rede neural podem montar uma concepção geral da aparência do rosto de diferentes ângulos e com diferentes expressões.

Mas, se acontecer de você enviar uma foto “contendo o rosto do seu amigo, o sistema não vai ser capaz de identificar um mapeamento facial previsível entre os dois”, disse Fitzgerald. Isso prejudica a generalização e deixa o sistema menos preciso no reconhecimento da face normal.

Essas imagens ativam neurônios de entrada específicos e a atividade flui pela rede, ajustando os pesos das conexões. Com mais imagens, o modelo ajusta ainda mais os pesos das conexões entre os nós para minimizar erros de saída.

Mas o simples fato de uma experiência ser incomum e não se enquadrar em uma generalização não significa que ela deva ser descartada e esquecida. Pelo contrário, pode ser de vital importância relembrar experiências excepcionais. Parece ser por isso que o cérebro classifica suas memórias em diferentes categorias que são armazenadas separadamente, sendo o neocórtex utilizado para generalizações fiáveis e o hipocampo para exceções.

Esse tipo de pesquisa aumenta a consciência sobre a “falibilidade da memória humana”, disse McClelland. A memória é um recurso finito e a biologia teve de fazer o melhor uso dos recursos limitados. Mesmo o hipocampo não contém um registro perfeito de experiências.

Cada vez que uma experiência é relembrada, há mudanças nos pesos de conexão da rede, fazendo com que os elementos da memória fiquem mais ponderados. Isso levanta questões sobre as circunstâncias sob as quais “os depoimentos de testemunhas oculares [poderiam] ser protegidos de preconceitos e da influência de seguidas rodadas de perguntas”, disse ele.

O modelo também pode oferecer insights sobre questões mais fundamentais. “Como construímos conhecimento confiável e tomamos decisões informadas?”, disse James Antony, neurocientista da California Polytechnic State University que não esteve envolvido no estudo. Isso mostra a importância de avaliar memórias para fazer previsões confiáveis: muitos dados ruidosos ou informações não confiáveis podem ser tão inadequados para treinar humanos quanto para treinar modelos de IA.

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Fonte: História original republicada com permissão da Quanta Magazine, uma publicação editorialmente independente apoiada pela Simons Foundation. Leia o conteúdo original em The Usefulness of a Memory Guides Where the Brain Saves It

Hábito de leitura estimula o cérebro e reduz níveis de estresse

Quem nunca estipulou como meta ler mais? Uma atividade com múltiplas funções, ler pode ser uma forma de entretenimento, um meio de informação ou um caminho simples e acessível para adquirir conhecimento. Independente da motivação, o processo de leitura também é capaz de auxiliar no desenvolvimento de habilidades, contribuindo, inclusive, para a saúde mental. De acordo com pesquisador do Instituto do Cérebro (InsCer) e professor da Escola de Ciências da Saúde e da Vida Augusto Buchweitz, ler pode atuar como um exercício que estimula o cérebro.  

“O hábito de leitura tem relação comprovada com uma melhor qualidade de saúde mental. A leitura, por envolver imaginação, mentalização, antecipação e aprendizagem (sempre aprendemos, ao menos, palavras novas), funciona como um ‘exercício’ para o cérebro humano. Apesar de não ser um músculo, o nosso cérebro precisa ser estimulado”, destaca o pesquisador.

Outro fator que enfatiza a relação entre a leitura e a qualidade de saúde mental é ação da atividade na redução do estresse. A professora Aline Fay, coordenadora do curso de licenciatura em Letras com ênfase na Língua Inglesa, ressalta que pesquisas já demonstraram resultados positivos sobre essa contribuição. “Uma pesquisa realizada pela Universidade de Sussex mostrou que ler ajuda a reduzir em até 68% os níveis de estresse. Durante o estudo, os sujeitos analisados diminuíram a frequência cardíaca e aliviaram a tensão dos músculos”, salienta a professora. 

Ler protege a mente hoje e no futuro 

Os benefícios da leitura não atuam no nosso cérebro apenas no presente. Estudos apontam que ler pode ser uma forma de proteger a mente contra o surgimento de doenças neurodegenerativas. Segundo a professora Aline, quando lemos melhoramos o funcionamento cerebral, o que ajuda a “atrasar” sintomas de doenças como demência e Alzheimer. Ela destaca que inúmeras pesquisas comprovam o aumento das conexões neurais durante a leitura. Um destes estudos, realizado pela Universidade Emory, descobriu que ler afeta nosso cérebro da mesma forma como se realmente tivéssemos vivenciado os eventos sobre os quais estamos lendo. Diante disso, a professora ainda aponta que, ao lermos, podemos aumentar nossa empatia, ou seja, a capacidade de compreender e se solidarizar emocionalmente com o outro. 

Mas nem todos os gêneros literários agem da mesma forma. O professor Augusto afirma que, de acordo com o conteúdo de cada história, outras regiões cerebrais são ativadas, resultando em comportamentos, emoções e experiências distintas.  

“Durante a leitura de histórias de suspense, por exemplo, a ativação do cérebro tem relação direta com a experiência do leitor. Os leitores que relataram ter ficado mais envolvidos com a narrativa foram os mesmos que tiveram maior ativação de uma circuitaria do cérebro, que envolve tentar antecipar o que vai acontecer (inferências futuras)”, explica. 

É importante entender que nem todos os gêneros literários agem da mesma forma no cérebro. / Foto: Pexels

Ele também frisa que especialistas no estudo da memória reforçam a importância do aprendizado constante e do hábito de leitura. “O ilustre professor Ivan Izquierdo [falecido em 2021], um dos maiores especialistas em memória do mundo, frequentemente ressaltava em suas entrevistas que profissões como a de professor e artista de teatro, entre outras, por envolverem a leitura e aprendizagem constante, são profissões que ajudam a ‘proteger’ o cérebro de quem as desempenha”, comenta o pesquisador do InsCer. 

Para além das páginas lidas 

Além de ser uma atividade benéfica para o funcionamento e para a saúde da mente, a leitura participa do desenvolvimento de habilidades específicas. Para a professora Aline, ler é uma forma de ampliar competências. “A leitura favorece a melhora da escrita, expande o vocabulário, trabalha a criatividade e auxilia na formação do senso crítico (capacidade de reflexão sobre algo)”, afirma. Segundo ela, não há um tempo diário específico a ser dedicado à leitura para que as habilidades sejam desenvolvidas.  

“O fundador do Facebook, Mark Zuckerberg, por exemplo, diz ler um livro a cada duas semanas, já Bill Gates diz ler todos os dias durante uma hora. Tudo varia em função do tempo e disponibilidade de cada um. O importante é desenvolvermos o hábito da leitura diária e criar estratégias, tais como reservar um momento do dia somente para a leitura, selecionar livros/temas que achamos interessantes, ter sempre um livro na cabeceira e, acima de tudo, ter paciência e resiliência”, recomenda a professora.

Para Augusto, a leitura pode estimular desde habilidades e conhecimentos mais fundamentais até aprendizagens que abrangem outros domínios, como o desenvolvimento de raciocínio e do pensamento científico. “Se pensarmos que aprendemos a ler e, por fim, podemos ler para aprender, o que estiver ao alcance da aprendizagem pela leitura está ao alcance do leitor”, conclui.

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Fonte: PUCRS